13 maio 2007

As nossas tardes

Na vida tudo se transforma em memórias.
E tal como neste texto, os verbos irão ser conjugados não no Presente nem Futuro,como em tempos, mas sim no Pretérito Perfeito.
Assim irá dizer-se que... As tardes que passámos juntos,
foram como uma peça de teatro,
com a comédia e a alegria,
com o possuir e o peculato de memórias...
As nossas tardes foram,
momentos de inspiração,
para recordar e segurar...
Paisagens a preto e branco
ilustrações primaveris
o Sol, as aves, os cafés,
as conversas,
eternas conversas...
Porque sabemos tanto
e tão pouco ao mesmo tempo,
e as surpresas pareciam não acabar
as tardes que passámos juntos
pareciam feitas para durar...
São essas tardes que integram
complicadas situações,
desde o embaraçoso ao romântico
desde o ridículo até ao óbvio.
Não foram nada mais que tardes,
apenas isso, um conjunto de horas
o tempo em que o Sol cai,
uma história que é apenas minha e tua...
ou nossa.

Quando assim for, que as memórias sejam sempre de momentos felizes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu és todos os livros,
Todos os mares,
Todos os rios,
Todos os lugares.
Todos os dias,
Todo o pensamento,
Todas as horas
O teu corpo no vento.
Tu és todos os sábados,
Todas as manhãs,
Toda a palavra
Ancorada nas mãos.
Tu és todos os lábios,
Todas as certezas,
Todos os beijos
Desejos, princesa.

Como uma ilha,
Sozinha...

Prende-me em ti,
Agarra-me ao chão,
Como barcos em terra
Como fogo na mão,
Como vou esquecer-te,
Como vou eu perder-te,
Se me prendes em ti,
Agarra-me ao chão,
Como barcos em terra,
Como fogo na mão,
Como vou eu lembrar-te
Se a metade que parte
É a metade que tens.

Tu és todas as noites
Em todos os quartos,
Todos os ventos
Em todos os barcos.
Todos os dias
Em toda a cidade,
Ruas que choram
Mulheres de verdade.
Tu és só o começo
De todos os fins,
Por isso eu te peço
Fica perto de mim.
Tu és todos os sons
De todo o silêncio,
Por isso eu te espero
Te quero e te penso.

Como uma ilha,
Sozinha...

in Pedro Abrunhosa "Como uma Ilha"