Apesar de não ser muito atenta ao que se passa em meu redor enquanto ando na rua, apesar de ser super “desconfiada” e estar sempre a olhar de soslaio para ver se as pessoas que vêm junto de mim parecem ser de confiança, há coisas que não me passam ao lado.
A verdade seja dita, que ao contrário de mim, há pessoas que também não fazem muita questão de passar despercebidas.
De manhã o que me chamou a atenção foi uma menina de uns três ou quatros anos com a sua mãe e a relação entre as mesmas. Fiquei abismada como esta mãe calava, chantageava a filha.
Mas, por uns instantes acabei por me conseguir abstrair de tudo o que tinha visto e ouvido até ali. E como consegui isto? Quando a menina, farta daquela “tortura”, saiu de perto da mãe e se refugiou ao meu lado.
Num gesto inconsciente de protecção, ajudei a menina a sentar-se ao meu lado e acomodei-a. Ela, pareceu-me de forma bem mais consciente do que eu, agarrou na minha mão olhou para mim e disse “Obrigada, menina. Deixas ficar-me aqui ao teu lado ?” . Foi inevitável o sorriso e a minha resposta afirmativa. Foi o resto do caminho agarrada a mim, ignorando a frieza da mãe que ia mais à frente.
Como que se pressentisse a minha saída, uns metros antes, quebrando todo o silêncio e interrompendo as festinhas que me ia dando na mão:
Ela – Vais deixar-me sozinha?
Eu – Daqui um bocadinho tenho de me ir embora…
Ela – Mas eu não queria. Posso pedir-te uma coisa?
Eu – Podes.
Ela – Podemos ser amigas?
(e abraçou-me)
Eu – (confesso que um tanto tocada com aquela inocência, não hesitei) Podemos.
(Ao sair, despedi-me dela e já próximo da saída oiço… )
Ela – Amiga…Chamo-me Maria …
Não tive tempo para lhe responder…
E são estas pequenas coisas… que dão sentido a um dia que me recebeu de forma nublada, mas que ficou bem melhor depois da Maria aparecer
A verdade seja dita, que ao contrário de mim, há pessoas que também não fazem muita questão de passar despercebidas.
De manhã o que me chamou a atenção foi uma menina de uns três ou quatros anos com a sua mãe e a relação entre as mesmas. Fiquei abismada como esta mãe calava, chantageava a filha.
Mas, por uns instantes acabei por me conseguir abstrair de tudo o que tinha visto e ouvido até ali. E como consegui isto? Quando a menina, farta daquela “tortura”, saiu de perto da mãe e se refugiou ao meu lado.
Num gesto inconsciente de protecção, ajudei a menina a sentar-se ao meu lado e acomodei-a. Ela, pareceu-me de forma bem mais consciente do que eu, agarrou na minha mão olhou para mim e disse “Obrigada, menina. Deixas ficar-me aqui ao teu lado ?” . Foi inevitável o sorriso e a minha resposta afirmativa. Foi o resto do caminho agarrada a mim, ignorando a frieza da mãe que ia mais à frente.
Como que se pressentisse a minha saída, uns metros antes, quebrando todo o silêncio e interrompendo as festinhas que me ia dando na mão:
Ela – Vais deixar-me sozinha?
Eu – Daqui um bocadinho tenho de me ir embora…
Ela – Mas eu não queria. Posso pedir-te uma coisa?
Eu – Podes.
Ela – Podemos ser amigas?
(e abraçou-me)
Eu – (confesso que um tanto tocada com aquela inocência, não hesitei) Podemos.
(Ao sair, despedi-me dela e já próximo da saída oiço… )
Ela – Amiga…Chamo-me Maria …
Não tive tempo para lhe responder…
E são estas pequenas coisas… que dão sentido a um dia que me recebeu de forma nublada, mas que ficou bem melhor depois da Maria aparecer
1 comentário:
Esta é a menina que de vez em quando levanta a sobrancelha e põe toda a gente em seu redor em sentido.
A menina sabe que a admiro muito, não sabe?
Um Xi para si daqueles apertados!
Até já ;)
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