13 abril 2007

Toca a Todos...

"Call Centers" podem enfrentar vaga de despedimentos.

O sector que, nos últimos anos, criou mais postos de trabalho pode passar por uma crise se for aprovada a lei segundo a qual são proibidas acções de telemarketing sem autorização prévia do destinatário, refere o “Diário Económico”.

Cerca de 20 mil postos de trabalho no mercado português de "call" e "contact centers" podem acabar se o anteprojecto do Código do Consumidor, revelado em Março de 2006 para consulta pública, passar a lei.
Em causa estão os artigos 114º e 228º, segundo os quais está expressa a proibição de contacto por correio electrónico, fax ou telefone a qualquer destinatário sem a sua autorização prévia, refere o
Diário Económico (DE). Antes, os potenciais clientes terão de se inscrever numa lista ("opt-in"), na qual validam a autorização inicial para serem contactados.
A
Associação Portuguesa de Call Centers (APCC) critica a proposta, e defende que, sem o contacto inicial dos "call e contact centers", o destinatário não poderá nunca saber como se inscrever nestas listas.
Citado pelo jornal, João Cardoso, presidente da APCC, acredita que esta proposta de lei vai contra «as directivas europeias que defendem o “opt-out” [lista de auto-exclusão]». O responsável adverte que o anteprojecto não só implicará a redução para «quase metade dos 55 mil postos de trabalho» existentes, mas também deverá ter repercussões no mercado das telecomunicações e no segmento do trabalho temporário, que se encontra em franca expansão no País.
As críticas são partilhadas por Marcelino Costa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE). Ao “DE”, o responsável diz temer que, após a promulgação do Código do Consumidor (com os artigos 114º e 228º), se assista a uma quebra acentuada de negócios no sector. «Vamos sofrer bastante com esta lei, que é um absurdo».

1 comentário:

Anónimo disse...

Será que também te vai calhar a ti?