20 março 2009

Pediram-me ...

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... e aqui está ele o belo do esclarecimento, mais um. Ou pelo menos a tentativa de o fazer. E o mote é o post abaixo que levantou várias questões.
Toda a gente sabe – pelo menos agora com a explicação dada em baixo – a diferença entre mentir e omitir.
No fundo omitir é não contar isto ou aquilo, porque não se quer ou porque se sabe que a outra pessoa não vai gostar; fugir da questão de forma subtil ou não – isto depende muito da experiência ou jeito que se tem.
Já mentir é enganar. Ou seja, como sabemos que a outra pessoa não gostará, por exemplo, saber que vestimos a saia mais curta que tínhamos no roupeiro, dizemos que vestimos um vestido comprido ou até mesmo umas calças. Podendo ainda haver um misto – omissão e mentira – dizemos que fomos com a saia curta, mas que ninguém nos viu porque não saímos do carro, quando na verdade fizemos furor na discoteca mais in da cidade… E espero até agora terem percebido estes exemplos.
Pois bem, eu cá tenho a teoria que só é enganado quem quer – na primeira toda a gente cai mesmo sem saber ou querer, mas depois há que abrir os olhos – e muitas vezes nesta vida, temos de fechar muitas vezes os olhos e os ouvidos. Fazer de conta que não percebemos nada, quando na verdade já sabemos o esquema de cor e salteado.
É certo que só aguenta esta situação quem quer e quem se predispõe a estas situações, que na minha opinião estas últimas, nem sequer têm o direito de se queixar, até porque muitas vezes – pelas atitudes, pela forma de estar ou ser e até verbalmente – há gente que prefere ser enganado que saber a, dura, realidade. Não tenho nada contra, quando estas são as regras do jogo impostas e aceites. Agora, quando ninguém não faz a exigência de saber isto ou aquilo, que a todo o passo diz que, se querem contar algo, que prefere saber a verdade dura e crua do que ser enganada ou ser abordada com floreados ou até prefere até nem saber nada, já para as pessoas não caírem na tentação de uma mentirinha ou outra…o porquê de insistirem em tentar passar a perna?
Vamos lá ver…Não condeno quem mente. Nem muito menos quem omite. São escolhas. São formas de estar. E até admito que muitas vezes sejam necessárias. Escusam de pensar que me vou armar aqui em pudica e dizer que nunca menti ou omiti e que jamais farei isso, porque ai sim estaria a mentir. Já, já menti algumas vezes – em situações que só eu seria a prejudicada se algo corresse mal - e também já omiti, em maior número de vezes. Mas isso apenas aconteceu em situações e com pessoas que quase pediram para que o fizesse, pois não havia outra solução, porque não iriam perceber ou aceitar a verdade.
A minha confusão está quando, a pessoa X diz à pessoa Y que a única coisa que pede é que não conte mentiras, e que até é receptiva, o suficiente, para ouvir a mais dura das verdades, qual a necessidade de partir para o caminho da mentira?!
Dai ter dito, no final do post anterior, caso queiram mentirem, que assumissem que o fazem. Porque – não me digam o contrário - quem é capaz de mentir também será capaz – ou deveria ser - de admitir que o faz.
Em pouco tempo fiz referência, no blog, a duas situações que podem ser exemplo para este esclarecimento. Aqui fiz referência à deslealdade. Se há coisa, pior que a mentira é sermos traídos e se a isso juntarmos uma grande carga de traição pior ainda. Nesse dia estava – e ainda estou, porque ainda não tive o prazer de me encontrar com a pessoa em questão – possessa. Que me conhece, sabe bem que se há coisa que não admito ou tolero é que gozem com o meu trabalho e coloquem em causa a minha entrega, responsabilidade que ponho em tudo o que faço a nível profissional. Posso dizer que meteram o meu trabalho, e pior que isso a minha pessoa na lama. Ou pelo menos tentaram fazê-lo. Acho que foi das vezes que me senti mais envergonhada, humilhada e com vontade de morder em alguém. Mas no fundo, o que ficou, foi uma grande dor e desilusão, pois mentiram-me, traíram-me!
Outra situação, que já esclareci, e que fiz referência aqui no blog é a situação de alguém não assumir um acessório que significa, pelo menos para mim um sem número de sentimentos e não percebo o porquê de não serem capaz de assumirem essa condição perante a sociedade, ou como referi no post, perante uma situação.

Bem...eu acho que vou ficar por aqui. E espero que tenha sido suficientemente clara – apesar de achar que me vão continuar a bombardear com perguntas, mas agora que o texto está feito, vai ser publicado – e que percebam uma coisa:
Não gosto de mentiras – apesar de saber que ela está presente nas nossas vidas – especialmente quando não há razão para tal. E detesto que me façam de parva, porque até posso muitas vezes “comer e calar” mas é só até eu querer.

Para mais algum esclarecimento, já sabem onde me encontrar!

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